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JERUSALÉM, 1o de abril, 10h30 (Reuters) - Quando era menino e vivia em Jerusalém, Yacoub Dahdal via cristãos vindos de toda parte do Oriente Médio convergirem sobre a cidade na Semana Santa, para percorrerem os passos de Jesus.
Milhares deles se hospedavam nas casas de moradores da cidade. Muitos partiam tendo se tornado padrinhos de recém-nascidos em Jerusalém, batizados durante a Semana Santa.
"Era uma festa religiosa em todos os sentidos do termo", disse Dahdal, 72 anos, que é membro sênior da comunidade cristã palestina de Jerusalém. "Os egípcios vinham de trem; os libaneses e sírios, de ônibus."
"Imagine que quando você estava na Cidade Velha, ouvia todos os tipos de sotaques diferentes misturados --libaneses, jordanianos, egípcios, sírios. Era uma verdadeira alegria."
Hoje, reflete Dahdal, o ambiente na cidade na Páscoa é muito diferente. A tensão é mais aparente que a espiritualidade.
A casa em que Dahdal nasceu, no bairro muçulmano da Cidade Velha, a pouca distância a pé da Primeira Estação da Cruz, hoje é adornada com bandeiras israelenses e habitada por colonos judeus que se mudaram para lá depois de Israel ter capturado Jerusalém oriental, na guerra de 1967.
Desde aquele conflito, o fluxo de peregrinos vindos de países árabes vizinhos secou. Síria e Líbano continuam em estado de guerra com Israel. Poucos egípcios ou jordanianos viajam a Jerusalém, apesar de seus governos estarem em paz com o Estado judaico.
Peregrinos cristãos ainda vão passar a Páscoa em Jerusalém, vindos da Alemanha, Peru ou Rússia, como turistas em uma visita feita uma vez na vida e para os quais as restrições impostas por Israel passam em grande medida despercebidas, excetuando o fato evidente de que a polícia parece estar presente em cada esquina.
COMENTÁRIO DO DIA DO PROF. ALTAMIRO
Realmente o fluxo de visitantes a terra santa está a cada dia menor, uma região onde cenas de violência a cada instante pode ocorrer. Jerusalém com três ramos monoteístas: Judeus, Cristãos e muçulmanos, não é uma cidade de paz completa.
O ódio e a desconfiança de fatos do passado que ocorreram entre eles, fazem ter uma convivência vigiada. Até quando a cidade santa terá este clima de insegurança? Só há uma resposta, até quando o príncipe da paz, o SAR Shalom, voltar à Jerusalém para o seu reino messiânico. Shalom!
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