quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hamas executa dois suspeitos de espionagem para Israel

CIDADE DE GAZA - O Hamas anunciou nesta quinta-feira que executou dois palestinos condenados à morte por colaborar com Israel, indicando uma escalada nas formas de controle do grupo sobre a Faixa de Gaza. Esta é a primeira vez que a pena de morte é utilizada pelo grupo islâmico desde que assumiu o controle de Gaza, em 2007. Os homens foram mortos a tiros, e seus corpos foram jogados em frente a entrada principal do maior hospital da cidade de Gaza nesta madrugada, segundo informações dos enfermeiros.
De acordo com a Anistia Internacional, estas foram as primeiras execuções oficiais, com base em sentenças judiciais, desde 2005. As execuções chamaram a atenção de outros grupos de direitos humanos. Especialistas de todo o mundo afirmaram que a medida servirá para isolar ainda mais o Hamas. A ONG Human Rights Watch emitiu um comunicado afirmando que a medida foi um grande retrocesso para o grupo palestino.
A lei palestina permite a pena de morte para os condenados a colaborar com Israel. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia, não assina ordens de execução desde 2005. A condenação que levou às execuções anunciadas nesta quinta não tem a assinatura de Abbas. Seu governo não é reconhecido pelo Hamas.

COMENTÁRIO DO PROF ALTAMIRO PAIVA

Tai um fato preocupante o Hamas executando possíveis informantes palestinos, de Israel. O grupo age de maneira alheia aos direitos humanos e certamente perpetrou o ato de violência. O que fará a ONU? Certamente nada. Uma instituição que nada vota contra o comportamento terrorista do Hamas. O representante da autoridade palestina Abbas, que é do Fatha, não é reconhecido pelos dissidentes do Hamas.
A verdade é que nessa negociação de paz, Israel está com uma pulga atrás da orelha. Todo cuidado é pouco quanto a paz argüida pelos palestinos pois sua característica é estratégica. Shalom!

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