domingo, 5 de junho de 2011

REALMENTE SE BUSCA A PAZ NO ORIENTE MÉDIO?




AGENCIA TERRA

1. Israel mantém alerta para manifestações da Guerra dos Seis Dias.


Israel se encontra neste domingo em estado de alerta militar devido à convocação de grandes manifestações de palestinos, que pretendem marchar dos territórios ocupados e dos países limítrofes rumo às fronteiras do Estado judaico, por ocasião do Dia da Naksa, que lembra a derrota árabe na Guerra dos Seis Dias de 1967.

"As Forças Armadas estão preparadas para tudo o que possa acontecer", afirmou um porta-voz militar israelense. Os militares reforçaram sua presença na fronteira com o Líbano e nas Colinas de Golã para evitar que se repitam os incidentes do último dia 15 de maio, quando 15 civis morreram durante violentos protestos, depois que centenas de palestinos procedentes da Síria entraram no território controlado por Israel.

As Forças de Defesa israelenses foram muito criticadas no país por sua atuação no chamado Dia da Nakba, data em que os palestinos lembram a "catástrofe" que para eles representou a criação do Estado de Israel em 1948.

Na ocasião, cerca de 180 pessoas atravessaram a divisória da Síria com o território ocupado de Golã, e alguns chegaram à cidade de Jaffa (ao lado de Tel Aviv), onde concederam entrevistas à televisão. As críticas se centraram, sobretudo, na falta de informações de inteligência que ajudassem a prever os protestos.

Para evitar incidentes semelhantes, os comandos Norte, Central e Sul das Forças Armadas israelenses decretaram "alerta alto", informa o jornal israelense Ha'aretz. O ponto mais sensível são a Colinas de Golã. A cerca fronteiriça no local foi consertada e reforçada nesta semana com mais arame farpado e postos de vigilância.

Os palestinos convocaram passeatas na Cisjordânia, que partirão do centro das cidades de Ramala, Belém e Tulkarem rumo aos postos de controle militares israelenses. Também se esperam protestos na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu nesta semana ter passado às forças de segurança "instruções claras" de "agir com comedimento, mas com a firmeza necessária" diante de uma eventual aproximação maciça de manifestantes.

Segundo fontes militares, os soldados têm ordens de atirar contra quem entrar ilegalmente em território israelense após fazer uma advertência, mas devem apontar os tiros a partes não vitais do corpo, na tentativa de minimizar o número de mortos.

2. Ataque de Israel a protesto deixa 14 mortos e 100 feridos.


Pelo menos seis pessoas morreram e 225 ficaram feridas por disparos israelenses contra manifestantes sírios e palestinos que tentavam cruzar neste domingo a linha de cessar-fogo nas colinas de Golan, ocupadas por Israel, informou a televisão Síria. Ali Kanaan, um médico que estava na região, repassou os nomes das pessoas mortas, que receberam "tiros na cabeça e no peito".

"Quatorze pessoas morreram, incluindo uma mulher e uma criança, e 225 ficaram feridas por disparos israelenses nas imediações de Golã", anunciou a emissora. Centenas de manifestantes tentaram entrar no local ocupado, uma ação que se repetiu no mês. Um fotógrafo da AFP em Majdal Shams, perto de Golan, viu pelo menos 20 manifestantes feridos retirados do lado sírio.

A televisão síria exibiu imagens de vários jovens tentando escalar uma cerca de arame farpado. Outras imagens mostraram soldados israelenses em um tanque atirando contra os sírios. Imagens exibidas por uma TV estatal da Síria registram cidadãos protestando, atirando pedras e rezando nos povoados de Ain el Tina e Quneitra, no sudoeste do país e perto do alambrado que separa os territórios. Também foi possível ver cenas de soldados israelenses respondendo aos manifestantes com gás lacrimogêneo e disparos para o ar.

Participantes dos protestos entrevistados pelo canal sírio afirmaram que a intenção é invadir o território israelense para hastear a bandeira da Síria em Golã. Esta é a primeira vez que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, permite que cheguem à fronteira com Israel as manifestações de comemoração do dia de Naksa (derrota em árabe), como é conhecido o final da guerra de 1967 na qual Israel ocupou parte das Colinas do Golã.

Em 15 de maio, duas pessoas morreram e outras 170 ficaram feridas durante a celebração na Síria do dia da Nakba (catástrofe em árabe), data em que os palestinos lembram o exílio após a fundação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948.

A televisão está informando sobre os fatos ao vivo, com várias câmeras em diferentes pontos da fronteira, e com dois jornalistas narrando os fatos e entrevistando participantes do protesto. A cobertura das manifestações deste domingo contrasta com a falta de imagens das revoltas populares sírias contra o regime de Assad que começaram em março e nas quais morreram mais de 1 mil de pessoas.



Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Não há o que pensar no que vai acontecer. Há uma constante tentativa dos Palestinos, em desmoralizar os limites da faixa d Gaza e das Colinas de Golan. Pontos estratégicos para a segurança de Israel quenão abre mão de dar acesso a um inimigo iminente que deseja o fim do país sionista.

Sinceramente uma crise dessa em países ocidentais, já teriam uma solução célere, mas no Oriente Médio, Judeus e muçulmanos não se entendem milenarmente. Para as nações Árabes e Palestinas, o Ocidente não é um bom exemplo de estilo e vida, e o ranço principal com Israel é justamente a sua ocidentalização.

É difícil ter na história um país que deseja ser reconhecido no contexto das nações, mas rejeita Israel como uma nação constituída. Não tem ocidental que compreenda tal concepção, mas na realidade tal conflito advém desde o tronco inicial, no desenlace do surgimento de Isaque e Ismael, de lá até aqui, só desentendimentos. Quando virá a Shalom?

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