terça-feira, 5 de abril de 2011

A Violencia Continua


O GLOBO

1. Ator israelense é morto a tiros na Cisjordânia;


JENIN, Cisjordânia - Um conhecido ator árabe-israelense, diretor e ativista político foi alvejado e morreu nesta segunda-feira na cidade da Cisjordânia e onde ele tomava conta de uma escola de artes cênicas e de um teatro comunitário, disse a polícia palestina. Juliano Mer Khamis foi atingido por cinco tiros de um ou mais milicianos, de acordo com o chefe de polícia de Jenin, Mohammed Tayyim. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo atentado. Mer Khamis, 52, era filho de mãe judia e pai árabe - uma raridade em uma terra onde as duas populações quase nunca casam entre si. Sua identidade partida impulsionou uma longa carreira de ator e ativista contra as políticas de Israel para palestinos. Ele protagonizou vários filmes israelenses aclamados pelos críticos, e também apareceu no filme americano de 1984 "The little drummer girl" (A pequena baterista, em tradução livre) Teatro como forma de combater a violência Em 2006, ele abriu uma companhia de teatro amador em Jenin, uma cidade assolada pela violência durante a segunda revolta palestina, depois do ano 2000. Ele via a companhia, conhecida como Freddom Theater (Teatro da Liberdade, em tradução livre), como uma forma de restaurar a normalidade da juventude da cidade e abrir suas mentes para o mundo além da dureza da região. Sua mãe, uma judia israelense, tinha um teatro para jovens em Jenin anos antes. O teatro atraiu críticas e vandalismo de alguns palestinos, que suspeitavam de Mer Khamis, um cidadão israelense, e viam o teatro como uma ameaça a suas tradições. "Falta uma cultura de críticas para nós. Falta uma cultura de pensamento livre", disse Mer Khamis a agência de notícias AP em 2009, quando sua companhia produziu "A Revolução dos Bichos". "Uma de nossas responsabilidades é desafiar isso", afirmou. Mer Khamis disse que planejavam encenar "The Lieutenant of Inishmore" (O tenente de Inishmore), uma sátira da resistência armada, mas engavetou a ideia depois que alguém quebrou a janela de seu carro. Depois do tiroteio, uma ambulância palestina levou o seu corpo para um posto de controle próximo para ser transferido para Israel.


COMENTÁRIOS DO PROF. ALTAMIRO PAIVA

A violência tornou-se comum no ódio milenar entre judeus e Palestinos. Numa passagem tão rápida pelo mundo, as nações em pouco se importam com um futuro que implique numa Shalom, Paz. O palco que tanto certamente fizera crianças sorrir e adultos a ficarem descontraídos protagonizou a morte de um ator da Cisjordânia, motivo, certamente por ter nascido de mãe Judia, com um pai Àrabe. O seu corpo logo que sucumbiu, foi enviado para Israel. Um defensor da cultura é calado também por ter sangue de Israel. Taí as revoltas em países Àrabes, o problema não é a religião, é o sentimento de liberdade, postergado em nome de uma preservação cultural. Enquanto isso outros são ricos e ocidentalizados, como dizem. Shalom.

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