domingo, 24 de abril de 2011

Um Conflito sem Fim

FOLHA DE SÃO PAULO

1. Polícia palestina mata sobrinho de ministra israelense na Cisjordânia;

DA BBC BRASIL



O sobrinho de uma ministra israelense foi morto quando policiais da Autoridade Nacional Palestina abriram fogo contra três veículos que tentaram derrubar barreiras perto da Tumba de José, na cidade de Nablus, na Cisjordânia. Outros três israelenses ficaram feridos.
O sobrinho da ministra da Cultura de Israel, Limor Livnat, foi morto no incidente. Ben Yossef Livnat, 25 anos, pertencia a uma corrente ultraortodoxa, de seguidores do rabino Brasslav, e costumava participar de orações coletivas na cidade de Nablus, junto à Tumba de José.
O local, onde, segundo a tradição, foi enterrado o patriarca José, serve de ponto de peregrinação para judeus ultraortodoxos e se encontra sob a guarda de policiais palestinos.
Geralmente a entrada dos fiéis em Nablus, cidade sob controle da Autoridade Nacional Palestina, é coordenada com o Exército israelense, que escolta os veículos e informa a policia palestina.
Neste caso, segundo porta-vozes do Exército israelense e da polícia palestina, os fiéis não coordenaram a entrada no território palestino.
A ministra Livnat declarou que seu sobrinho foi "assassinado por terroristas disfarçados de policiais da Autoridade Palestina".
Livnat também disse que Ben Yossef "era um inocente, que só queria rezar junto à Tumba de José".
O Exército israelense qualifica o incidente como uma "falha grave de coordenação entre as forças israelenses e as forças palestinas".
Porém, o ministro da Defesa, Ehud Barak, afirmou que "nenhuma falha justifica atirar contra inocentes" e exigiu que a Autoridade Nacional Palestina tome medidas contra os responsáveis.
ADVERTÊNCIA
O porta-voz da polícia palestina, Adnan Damiri, disse que os guardas da Tumba de José estão sendo interrogados e que, antes de atirarem nos veículos israelenses, eles dispararam tiros de advertência.
Damiri também afirmou que os policiais palestinos atiraram nos veículos "pois se sentiram ameaçados e os israelenses não pararam, apesar das advertências".
O presidente do Conselho de Judéia e Samaria, Danny Dayan, líder dos colonos israelenses na Cisjordânia, disse que o incidente foi um "atentado, um assassinato proposital".
Dayan atribuiu a responsabilidade à Autoridade Nacional Palestina. "A própria Autoridade Palestina apertou o gatilho", afirmou.
Há três lugares nos territórios palestinos nos quais, segundo a tradição judaica, foram enterrados patriarcas e matriarcas do povo judeu - a Tumba de José, em Nablus, a Tumba de Raquel, na cidade de Belém, e a Tumba dos Patriarcas, na cidade de Hebron.
Os três locais constituem pontos de atrito entre israelenses e palestinos.

COMENTÁRIOS DO PROF. ALTAMIRO PAIVA

A cada dia presenciamos os ânimos tornarem-se violentos cada vez mais entre Israelitas e Palestinos. Um conflito milenar cujos objetivos ainda não estão definidos, ninguém reconhece ninguém como Estado.
Para o Ocidente é inacreditável essa rixa milenar, onde a guerra faz parte do cotidiano, e cujos filhos e netos, crescem ou não nessa neurose bélica que assusta a todos. Esse incidente na Cisjordania, perto da Tumba de José é um pavio aceso para possíveis retaliações, onde a autoridade Palestina parece não ter forças para deter o terrorismo do Hamas.
Somente o tempo irá definir determinadas situações hoje pendentes entre Judeus e Palestinos. Pena que nesta Pessach os filhos de Abraão ainda não se entendam e continuem numa guerra que certamente não se chegará a nada. Shalom.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Israel ainda Sobrevive

GLOBO ON LINE 1. Palestinos são indiciados por ataque com explosivo em Jerusalém
JERUSALÉM (Reuters) - Um tribunal israelense acusou nesta quinta-feira cinco palestinos de instalar uma explosivo improvisado próximo a um mosteiro em Jerusalém e de planejar outros ataques na cidade, disse um porta-voz da polícia. A bomba, colocada no mês passado em um saco de lixo ao lado de fora do mosteiro, decepou a mão de um trabalhador municipal que pegou o saco. O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que os cinco homens, moradores de Jerusalém, tinham ligações com o grupo islâmico Hamas e admitiram, depois de serem detidos, que haviam planejado realizar mais ataques contra israelenses em Jerusalém. Segundo Rosenfeld, os homens não tinham envolvimento com o ataque em março, próximo a um ponto de ônibus de Jerusalém, que matou uma mulher e feriu dezenas de outras pessoas. A polícia culpou militantes palestinos pelo incidente, o que significaria o primeiro ataque com mortes desde a onda de violentas ofensivas da segunda insurgência palestina, entre 2000 e 2005. A data do julgamento para os cinco suspeitos ainda não foi estabelecida.


AGENCIA TERRA


2. Israel pede ajuda da França para retirar diplomatas de Abdijan



Israel solicitou a ajuda da França para retirar seus diplomatas de Abidjan, onde combates entre as forças do presidente eleito Alassane Ouattara e as de Laurent Gbagbo são cada vez mais violentos, informou o chanceler francês, Alain Juppé. Na madrugada desta quinta-feira, as forças francesas presentes na Costa do Marfim conseguiram retirar o embaixador do Japão de Abidjan. "Recebemos muitos pedidos neste sentido", afirmou o ministro francês das Relações Exteriores.


Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Israel trabalha rápido para conter em seu território a ação terrorista. Em poucos dias as investigações apontaram culpados, já presos e prontos para o julgamento. A frança recebe solicitação para retirar diplomatas de Israel de Abdijan. È a situação nos países africanos é preocupante, governos não democráticos são questionados, já é tempo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Violencia Continua


O GLOBO

1. Ator israelense é morto a tiros na Cisjordânia;


JENIN, Cisjordânia - Um conhecido ator árabe-israelense, diretor e ativista político foi alvejado e morreu nesta segunda-feira na cidade da Cisjordânia e onde ele tomava conta de uma escola de artes cênicas e de um teatro comunitário, disse a polícia palestina. Juliano Mer Khamis foi atingido por cinco tiros de um ou mais milicianos, de acordo com o chefe de polícia de Jenin, Mohammed Tayyim. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo atentado. Mer Khamis, 52, era filho de mãe judia e pai árabe - uma raridade em uma terra onde as duas populações quase nunca casam entre si. Sua identidade partida impulsionou uma longa carreira de ator e ativista contra as políticas de Israel para palestinos. Ele protagonizou vários filmes israelenses aclamados pelos críticos, e também apareceu no filme americano de 1984 "The little drummer girl" (A pequena baterista, em tradução livre) Teatro como forma de combater a violência Em 2006, ele abriu uma companhia de teatro amador em Jenin, uma cidade assolada pela violência durante a segunda revolta palestina, depois do ano 2000. Ele via a companhia, conhecida como Freddom Theater (Teatro da Liberdade, em tradução livre), como uma forma de restaurar a normalidade da juventude da cidade e abrir suas mentes para o mundo além da dureza da região. Sua mãe, uma judia israelense, tinha um teatro para jovens em Jenin anos antes. O teatro atraiu críticas e vandalismo de alguns palestinos, que suspeitavam de Mer Khamis, um cidadão israelense, e viam o teatro como uma ameaça a suas tradições. "Falta uma cultura de críticas para nós. Falta uma cultura de pensamento livre", disse Mer Khamis a agência de notícias AP em 2009, quando sua companhia produziu "A Revolução dos Bichos". "Uma de nossas responsabilidades é desafiar isso", afirmou. Mer Khamis disse que planejavam encenar "The Lieutenant of Inishmore" (O tenente de Inishmore), uma sátira da resistência armada, mas engavetou a ideia depois que alguém quebrou a janela de seu carro. Depois do tiroteio, uma ambulância palestina levou o seu corpo para um posto de controle próximo para ser transferido para Israel.


COMENTÁRIOS DO PROF. ALTAMIRO PAIVA

A violência tornou-se comum no ódio milenar entre judeus e Palestinos. Numa passagem tão rápida pelo mundo, as nações em pouco se importam com um futuro que implique numa Shalom, Paz. O palco que tanto certamente fizera crianças sorrir e adultos a ficarem descontraídos protagonizou a morte de um ator da Cisjordânia, motivo, certamente por ter nascido de mãe Judia, com um pai Àrabe. O seu corpo logo que sucumbiu, foi enviado para Israel. Um defensor da cultura é calado também por ter sangue de Israel. Taí as revoltas em países Àrabes, o problema não é a religião, é o sentimento de liberdade, postergado em nome de uma preservação cultural. Enquanto isso outros são ricos e ocidentalizados, como dizem. Shalom.