quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SEITAS EM ISRAEL

GLOBO ON LINE

 

1. Polícia de Israel prende suspeitos de participar de culto poligâmico



JERUSALÉM - A polícia de Israel prendeu nove suspeitos de pertencer a um culto poligâmico, responsável pelo abuso sexual de mulheres e crianças.

O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que seis mulheres e três homens foram detidos por "danos físicos e emocionais". Segundo Rosenfeld, o culto atuava em Jerusalém e na cidade de Tiberias, ao norte de Israel.

Rosenfeld afirmou que um tribunal proibiu a divulgação de mais detalhes sobre o caso, que, segundo a polícia, envolve humilhação sexual, privação de alimentos e altos níveis de violência física.

Estima-se que dezenas de cultos poligâmicos existam em Israel. No ano passado, por exemplo, policiais prenderam um líder de um grupo em Tel Aviv que havia abuso de várias crianças. O detido foi acusado de escravidão, estupro, incesto e outras ofensas sexuais.



FOLHA DE SÃO PAULO

2. Ex-ministro israelense propôs asilo a Mubarak

O ex-ministro israelense Binyamin Ben Eliezer afirmou nesta quarta-feira que propôs asilo e tratamento em um hospital do país ao ex-ditador egípcio Hosni Mubarak.

O egípcio, contudo, negou a oferta "porque é um patriota".

"Bibi [o premiê Binyamin Netanyahu] e eu encontramos Mubarak em Sharm el-Sheikh, ele estava enfermo e eu disse que a distância era curta entre Sharm el-Sheikh e Eilat [estação balneária israelense], que deveria vir para receber tratamento e recuperar a saúde", afirmou Ben Eliezer à rádio militar.

"Estou seguro de que o governo [israelense] o teria aceitado, mas Mubarak, que é um grande patriota egípcio, recusou", acrescentou Ben Eliezer, que foi ministro do Comércio de Netanyahu até janeiro.

Eliezer diz que a oferta foi feita quando Mubarak já enfrentava os protestos oposicionistas. O ditador foi deposto em 11 de fevereiro, após 18 dias de revoltas.

A saúde de Mubarak tem sido alvo de grande especulação nos últimos meses. Nesta quarta-feira, ele chegou de maca para o julgamento por corrupção e por ordenar a morte dos manifestantes. Ele acompanha os testemunhos deitado na maca, vestido de branco, assim como os outros réus.

Mubarak, 83, estava internado em um hospital no resort do mar Vermelho de Sharm el-Sheikh desde abril, quando sofreu problemas cardíacos no seu primeiro interrogatório.

Desde então, seu advogado, Farid El Deeb, disse que ele tem câncer, que sofreu um derrame e que chegou a ficar em coma. As informações, contudo, não são confirmadas oficialmente.

Muitos egípcios consideram a doença dele uma desculpa para que o Exército evite a humilhação pública do antigo comandante.

Hosni Mubarak era considerado em Israel uma garantia do acordo de paz assinado em 1979 entre o Estado hebreu e o Egito. Em troca da retirada do Sinai conquistado do Egito durante a Guerra dos Seis Dias (junho de 1967), Israel conseguiu quebrar o isolamento diplomático na região.

 Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

A atuação de seitas em Israel está se tornando uma constante. A Religião poligâmica está na mira da Justiça Israelense. Surgem informações sobre o oferecimento de asilo político de Mubarak, por parte de Israel, e sua não aceitação por parte do general egípcio.
Mubarak encontra-se enfermo, e será julgado hoje no Egito junto com seus filhos e um seu ministro. Mubarak era aliado de Israel, e isso causava equilíbrio político no oriente médio, e era bom para Israel.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ISRAEL EM FOCO


GLOBO ON LINE

1. Israel estaria disposto a negociar com base em fronteiras pré-1967, diz TV


JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria aceitado retomar as negociações de paz tendo como base as fronteiras pré-1967, informa nesta segunda-feira a agência de notícias AP, com base numa fonte ouvida pela TV local "Channel 2".

Um funcionário do governo israelense ouvido pela AP não quis negar a informação, mas disse que Israel está tentando novas fórmulas para retomar as conversas de paz baseadas na proposta do presidente americano, Barack Obama.

Num discurso em maio, Obama propôs negociações com base nas fronteiras pré-1967, com trocas acordadas de território entre israelenses e palestinos. A proposta enfureceu Netanyahu, que reiterou que Israel não se retiraria totalmente da Cisjordânia - apesar de o presidente americano não ter feito menção direta a isso.

Agora, Netanyahu basicamente estaria aceitando parte desses termos propostos por Obama, segundo o "Channel 2", e estaria disposto a abrir mão de terras na Cisjordânia onde há assentamentos judaicos.

A fonte da agência de notícias deixou claro, no entanto, que as negociações não envolveriam uma retirada total da Cisjordânia.

- Estamos dispostos a reiniciar as conversas de paz para aceitar uma proposta que contenha elementos que seriam difíceis para Israel e acharíamos muito difícil de endossar - disse a fonte.

Parte da razão para essa mudança de postura seria a iniciativa que os palestinos promovem na ONU para obter o reconhecimento a seu Estado. A votação deve ser em setembro.


AGENCIA TERRA

2. Israel: Netanyahu enfrenta protestos e promete reformas

Reduzir Normal Aumentar Imprimir O governo israelense de Benjamin Netanyahu prometeu reformas neste domingo, com a esperança de conseguir conter uma mobilização sem precedentes no país, após as manifestações de sábado que exigiam "justiça social".

Ao iniciar o Conselho de Ministros, o primeiro-ministro anunciou a designação de uma equipe interministerial com o objetivo de elaborar um plano destinado a aliviar "as privações econômicas" sofridas pelos israelenses, segundo um comunicado oficial.

"Devemos atuar com seriedade e responsabilidade para mudar a ordem as prioridades no terreno econômico", afirmou Netanyahu, que encarregou uma equipe para organizar uma "mesa redonda à qual representantes de diferentes setores da população serão convidados".

Os representantes dos manifestantes rejeitaram a proposta do primeiro-ministro e exigiram se encontrar com ele pessoalmente frente às câmeras de televisão.

"Isso é uma manobra manipuladora por parte do primeiro-ministro", afirmou Dapni Leef, um dos líderes do movimento. "Saímos às ruas para exigir uma mudança de sistema e ele se contenta em formar uma comissão buscando se livrar de suas responsabilidades", completou.

Netanyahu apresentou sua oferta de diálogo um dia depois de protestos em massa em todo o país que reuniram 150 mil israelenses, segundo a imprensa, e mais de 100 mil segundo a polícia.

Neste domingo, o movimento continuou com uma passeata de centenas de mães com carrinhos de bebê em Jerusalém para denunciar o custo das creches. Na segunda-feira, haverá uma greve de funcionários públicos municipais.

A mobilização contra o alto custo de vida e por "justiça social" ampliou-se na tarde de sábado a dez localidades israelenses. "A voz do povo se expressou", é a manchete do jornal Maariv. Esse jornal destacou a "hostilidade, para não dizer o pânico que esse movimento de protesto provoca na liderança dos colonos" israelenses na Cisjordânia, que acusam a esquerda de manipular os manifestantes.

"A má notícia para Netanyahu é que o protesto foi muito forte. A boa notícia é que sua base eleitoral, sobretudo os mais religiosos, não participou", escreve o jornal em seu editorial.

"As questões sociais nunca fizeram tantas pessoas saírem às ruas", afirma, por sua vez, Yediot Aharanot. "Um compromisso dessa natureza contrasta com a indiferença e o cinismo da população até agora", acrescenta.

"A mobilização vai continuar a ser uma espinha de peixe na garganta do governo", diz o periódico. "Ontem à noite, Benjamin Netanyahu perdeu o poder (...) de modo lamentável. Prometa o que prometer, está liquidado", setencia o Haaretz.

Os protestos contra o alto custo de vida e pedindo justiça social tomaram conta na véspera de dez localidades israelenses. Em Tel Aviv, epicentro dos protestos, mais de 30 mil manifestantes marcharam pelo centro da cidade, levantando bandeiras vermelhas e israelenses.

Em Jerusalém, milhares de manifestantes - 5 mil, segundo os organizadores - realizaram uma passeata até a residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com cartazes nos quais se lia "toda uma geração quer um futuro".

O movimento de protesto, que começou há um mês e a princípio esteve dirigido contra a inflação dos aluguéis, ampliou-se contra o agravamento das desigualdades sociais e a degradação dos serviços públicos, particularmente na saúde e na educação.

Os manifestantes exigem um retorno ao "Estado de bem-estar social", como era nos primeiros anos do Estado judaico. Um dos slogans mais correntes era "o povo quer justiça social e não caridade".

Os manifestantes acusam o poder de estar a serviço dos magnatas das finanças e protestam contra a força dos monopólios e dos cartéis de Israel. Pela primeira vez desde que o movimento foi iniciado há um mês, a minoria árabe que sofre fortes discriminações associou-se a ele, nas manifestações em Nazareth, ao norte de Israel e na localidade de Baka Al Garbyeh, ao norte de Tel Aviv.

O protesto ocorre principalmente entre as classes médias, afetado com o aumento constante do custo de vida resultado de uma economia de mercado controlada por algumas famílias.

Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Parece que as negociações tendem a avançar, pela atitude tomada pelo primeiro ministro Israelense. Não se sabe se os Palestinos estarão dispostos as negociações, que certamente passam pelo reconhecimento do Estado de Israel.

A onda de protestos da primavera Àrabe, começa a refletir em Israel. Pessoas saem nas ruas clamando por reformas sociais, e o primeiro ministro já está atento ao apelo popular. Shalom!