quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SEITAS EM ISRAEL

GLOBO ON LINE

 

1. Polícia de Israel prende suspeitos de participar de culto poligâmico



JERUSALÉM - A polícia de Israel prendeu nove suspeitos de pertencer a um culto poligâmico, responsável pelo abuso sexual de mulheres e crianças.

O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que seis mulheres e três homens foram detidos por "danos físicos e emocionais". Segundo Rosenfeld, o culto atuava em Jerusalém e na cidade de Tiberias, ao norte de Israel.

Rosenfeld afirmou que um tribunal proibiu a divulgação de mais detalhes sobre o caso, que, segundo a polícia, envolve humilhação sexual, privação de alimentos e altos níveis de violência física.

Estima-se que dezenas de cultos poligâmicos existam em Israel. No ano passado, por exemplo, policiais prenderam um líder de um grupo em Tel Aviv que havia abuso de várias crianças. O detido foi acusado de escravidão, estupro, incesto e outras ofensas sexuais.



FOLHA DE SÃO PAULO

2. Ex-ministro israelense propôs asilo a Mubarak

O ex-ministro israelense Binyamin Ben Eliezer afirmou nesta quarta-feira que propôs asilo e tratamento em um hospital do país ao ex-ditador egípcio Hosni Mubarak.

O egípcio, contudo, negou a oferta "porque é um patriota".

"Bibi [o premiê Binyamin Netanyahu] e eu encontramos Mubarak em Sharm el-Sheikh, ele estava enfermo e eu disse que a distância era curta entre Sharm el-Sheikh e Eilat [estação balneária israelense], que deveria vir para receber tratamento e recuperar a saúde", afirmou Ben Eliezer à rádio militar.

"Estou seguro de que o governo [israelense] o teria aceitado, mas Mubarak, que é um grande patriota egípcio, recusou", acrescentou Ben Eliezer, que foi ministro do Comércio de Netanyahu até janeiro.

Eliezer diz que a oferta foi feita quando Mubarak já enfrentava os protestos oposicionistas. O ditador foi deposto em 11 de fevereiro, após 18 dias de revoltas.

A saúde de Mubarak tem sido alvo de grande especulação nos últimos meses. Nesta quarta-feira, ele chegou de maca para o julgamento por corrupção e por ordenar a morte dos manifestantes. Ele acompanha os testemunhos deitado na maca, vestido de branco, assim como os outros réus.

Mubarak, 83, estava internado em um hospital no resort do mar Vermelho de Sharm el-Sheikh desde abril, quando sofreu problemas cardíacos no seu primeiro interrogatório.

Desde então, seu advogado, Farid El Deeb, disse que ele tem câncer, que sofreu um derrame e que chegou a ficar em coma. As informações, contudo, não são confirmadas oficialmente.

Muitos egípcios consideram a doença dele uma desculpa para que o Exército evite a humilhação pública do antigo comandante.

Hosni Mubarak era considerado em Israel uma garantia do acordo de paz assinado em 1979 entre o Estado hebreu e o Egito. Em troca da retirada do Sinai conquistado do Egito durante a Guerra dos Seis Dias (junho de 1967), Israel conseguiu quebrar o isolamento diplomático na região.

 Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

A atuação de seitas em Israel está se tornando uma constante. A Religião poligâmica está na mira da Justiça Israelense. Surgem informações sobre o oferecimento de asilo político de Mubarak, por parte de Israel, e sua não aceitação por parte do general egípcio.
Mubarak encontra-se enfermo, e será julgado hoje no Egito junto com seus filhos e um seu ministro. Mubarak era aliado de Israel, e isso causava equilíbrio político no oriente médio, e era bom para Israel.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ISRAEL EM FOCO


GLOBO ON LINE

1. Israel estaria disposto a negociar com base em fronteiras pré-1967, diz TV


JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria aceitado retomar as negociações de paz tendo como base as fronteiras pré-1967, informa nesta segunda-feira a agência de notícias AP, com base numa fonte ouvida pela TV local "Channel 2".

Um funcionário do governo israelense ouvido pela AP não quis negar a informação, mas disse que Israel está tentando novas fórmulas para retomar as conversas de paz baseadas na proposta do presidente americano, Barack Obama.

Num discurso em maio, Obama propôs negociações com base nas fronteiras pré-1967, com trocas acordadas de território entre israelenses e palestinos. A proposta enfureceu Netanyahu, que reiterou que Israel não se retiraria totalmente da Cisjordânia - apesar de o presidente americano não ter feito menção direta a isso.

Agora, Netanyahu basicamente estaria aceitando parte desses termos propostos por Obama, segundo o "Channel 2", e estaria disposto a abrir mão de terras na Cisjordânia onde há assentamentos judaicos.

A fonte da agência de notícias deixou claro, no entanto, que as negociações não envolveriam uma retirada total da Cisjordânia.

- Estamos dispostos a reiniciar as conversas de paz para aceitar uma proposta que contenha elementos que seriam difíceis para Israel e acharíamos muito difícil de endossar - disse a fonte.

Parte da razão para essa mudança de postura seria a iniciativa que os palestinos promovem na ONU para obter o reconhecimento a seu Estado. A votação deve ser em setembro.


AGENCIA TERRA

2. Israel: Netanyahu enfrenta protestos e promete reformas

Reduzir Normal Aumentar Imprimir O governo israelense de Benjamin Netanyahu prometeu reformas neste domingo, com a esperança de conseguir conter uma mobilização sem precedentes no país, após as manifestações de sábado que exigiam "justiça social".

Ao iniciar o Conselho de Ministros, o primeiro-ministro anunciou a designação de uma equipe interministerial com o objetivo de elaborar um plano destinado a aliviar "as privações econômicas" sofridas pelos israelenses, segundo um comunicado oficial.

"Devemos atuar com seriedade e responsabilidade para mudar a ordem as prioridades no terreno econômico", afirmou Netanyahu, que encarregou uma equipe para organizar uma "mesa redonda à qual representantes de diferentes setores da população serão convidados".

Os representantes dos manifestantes rejeitaram a proposta do primeiro-ministro e exigiram se encontrar com ele pessoalmente frente às câmeras de televisão.

"Isso é uma manobra manipuladora por parte do primeiro-ministro", afirmou Dapni Leef, um dos líderes do movimento. "Saímos às ruas para exigir uma mudança de sistema e ele se contenta em formar uma comissão buscando se livrar de suas responsabilidades", completou.

Netanyahu apresentou sua oferta de diálogo um dia depois de protestos em massa em todo o país que reuniram 150 mil israelenses, segundo a imprensa, e mais de 100 mil segundo a polícia.

Neste domingo, o movimento continuou com uma passeata de centenas de mães com carrinhos de bebê em Jerusalém para denunciar o custo das creches. Na segunda-feira, haverá uma greve de funcionários públicos municipais.

A mobilização contra o alto custo de vida e por "justiça social" ampliou-se na tarde de sábado a dez localidades israelenses. "A voz do povo se expressou", é a manchete do jornal Maariv. Esse jornal destacou a "hostilidade, para não dizer o pânico que esse movimento de protesto provoca na liderança dos colonos" israelenses na Cisjordânia, que acusam a esquerda de manipular os manifestantes.

"A má notícia para Netanyahu é que o protesto foi muito forte. A boa notícia é que sua base eleitoral, sobretudo os mais religiosos, não participou", escreve o jornal em seu editorial.

"As questões sociais nunca fizeram tantas pessoas saírem às ruas", afirma, por sua vez, Yediot Aharanot. "Um compromisso dessa natureza contrasta com a indiferença e o cinismo da população até agora", acrescenta.

"A mobilização vai continuar a ser uma espinha de peixe na garganta do governo", diz o periódico. "Ontem à noite, Benjamin Netanyahu perdeu o poder (...) de modo lamentável. Prometa o que prometer, está liquidado", setencia o Haaretz.

Os protestos contra o alto custo de vida e pedindo justiça social tomaram conta na véspera de dez localidades israelenses. Em Tel Aviv, epicentro dos protestos, mais de 30 mil manifestantes marcharam pelo centro da cidade, levantando bandeiras vermelhas e israelenses.

Em Jerusalém, milhares de manifestantes - 5 mil, segundo os organizadores - realizaram uma passeata até a residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com cartazes nos quais se lia "toda uma geração quer um futuro".

O movimento de protesto, que começou há um mês e a princípio esteve dirigido contra a inflação dos aluguéis, ampliou-se contra o agravamento das desigualdades sociais e a degradação dos serviços públicos, particularmente na saúde e na educação.

Os manifestantes exigem um retorno ao "Estado de bem-estar social", como era nos primeiros anos do Estado judaico. Um dos slogans mais correntes era "o povo quer justiça social e não caridade".

Os manifestantes acusam o poder de estar a serviço dos magnatas das finanças e protestam contra a força dos monopólios e dos cartéis de Israel. Pela primeira vez desde que o movimento foi iniciado há um mês, a minoria árabe que sofre fortes discriminações associou-se a ele, nas manifestações em Nazareth, ao norte de Israel e na localidade de Baka Al Garbyeh, ao norte de Tel Aviv.

O protesto ocorre principalmente entre as classes médias, afetado com o aumento constante do custo de vida resultado de uma economia de mercado controlada por algumas famílias.

Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Parece que as negociações tendem a avançar, pela atitude tomada pelo primeiro ministro Israelense. Não se sabe se os Palestinos estarão dispostos as negociações, que certamente passam pelo reconhecimento do Estado de Israel.

A onda de protestos da primavera Àrabe, começa a refletir em Israel. Pessoas saem nas ruas clamando por reformas sociais, e o primeiro ministro já está atento ao apelo popular. Shalom!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Novos Ventos em Israel

O GLOBO

1. Israel abre local do batismo de Jesus na Cisjordânia para visitas turísticas


QASR EL-YAHUD, Jordânia - Israel abriu, nesta terça-feira, para visitas turísticas o local onde teria ocorrido o batismo de Jesus Cristo. A iniciativa exige a cooperação das forças militares e a remoção de minas na Cisjordânia, perto da fronteira com a Jordânia.

O lugar onde Jõao Batista teria batizado Jesus nas águas no Rio Jordão é um dos mais importantes locais para os cristãos. Até agora, a área era aberta ao público em ocasiões especiais e com a supervisão das forças militares israelenses.

O local não é regularmente liberado desde que Israel tomou o território que pertencia à Jordânia, junto com o resto da Cisjordânia, na Guerra dos Seis Dias, em 1967. O conflito fez com que o local fosse abandonado com várias minas terrestres instaladas e se tornasse uma área perigosa até 1994, quando Israel e a Jordânia assinaram um tratado de paz.

Atualmente, o lugar é protegido por um posto militar israelense perto do vale do Jordão, onde o rio bíblico aparece como um corte na vegetação verde empoeirada do outro lado da paisagem do deserto.

Israel quer atrair mais turistas; palestinos condenam iniciativa

Israel espera que abrindo o local para visitas, mais turistas cristãos sejam atraídos. Os ganhos com o turismo no país têm crescido cada vez mais nos últimos anos. Dos 3,45 milhões de visitantes a Israel no ano passado, 69% eram cristãos e 38% definiam a viagem como um objetivo religioso. Para tornar o local atrativo, o país gastou US$ 2,3 milhões.

Os palestinos condenaram a decisão de Israel, pois a Cisjordânia seria o local onde a nação deseja instalar seu Estado independente e Israel estaria monopolizando de forma ilegal os recursos turísticos e históricos da região, já que o território foi invadido.

Autoridades da Jordânia dizem que, na realidade Jesus teria nascido do outro lado do rio, território que já é considerado como jordão.

FOLHA DE SÃO PAULO


2. Soldados israelenses matam estudante palestino na Cisjordânia

Um jovem palestino de 19 anos morreu nesta quarta-feira no distrito de Nablus, na Cisjordânia, após ser alvejado por soldados israelenses durante uma batida que acabou em um confronto com jovens, informou a agência palestina Ma'an.

O jovem, identificado como Ibrahim Sirhan, estudante de engenharia, vivia no campo de refugiados de Al Fara, no norte da cidade de Nablus, onde ao amanhecer o Exército israelense realizou uma batida em várias casas.

A presença de dezenas de veículos militares, segundo essa agência, suscitou os protestos de vários jovens, que passaram a enfrentar os soldados.

A fonte não precisou em que circunstâncias morreu o jovem, se na batida ou nos protestos, mas descreveu que Sirhan faleceu após ser baleado na coxa e perder muito sangue.

Por outro lado, alguns veículos da imprensa local informaram que a Força Aérea israelense bombardeou durante a madrugada posições palestinas no norte de Gaza em resposta ao lançamento de um foguete nesta terça-feira.

Aviões da Força Aérea lançaram dois mísseis contra pelo menos duas oficinas para a fabricação de foguetes.

Na manhã desta quarta-feira, as milícias palestinas responderam ao ataque com o disparo de outro foguete que caiu em uma zona desabitada.



COMENTÁRIOS DO PROF. ALTAMIRO PAIVA

O Cristianismo tem contribuído e em muito com o turismo para Israel, segundo fontes de jornais de Tel Avive. Agora o possível localo do batismo de Jesus (Yeshua), teria sido aberta a visitação em área da Cisjordania, provocando protestos palestinos. Outras fontes admitem a descoberta mas também citam estratégia do país Sionista, haja vista naquela área seria a possível capital dos Palestinos.

O certo é que tal descoberta contribui para o crescimento do Cristianismo turístico, e mais dólares entram em Israel. Por outro lado é interessante o reconhecimento de Jesus (Yeshua), como um grande mestre que viveu em Israel. O conflito com palestinos continua, e mais uma vítima do ódio ocorreu, até quando tudo isso terminará? Esperamos a era do Mashiach. Shalom!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

NOVAS DE ISRAEL

 FOLHA DE SÃO PAULO

1. Shakira é aclamada por crianças de Jerusalém

A cantora colombiana Shakira, de visita em Jerusalém, foi aclamada nesta terça-feira por centenas de crianças judias e árabes em um colégio bilíngue da cidade, em um ato organizado pela Unicef.

Aos gritos de "Shakira, Shakira", os estudantes receberam com grandes demonstrações de carinho a cantora de Barranquilla e cantaram "Waka-Waka" no pátio da escola.

A cantora estava acompanhada do namorado, o jogador de futebol do Barcelona Gérard Piquei, que se misturou entre as crianças, muitos dos quais vestiam camisetas do Barça, e não hesitou em abraçar e saudar os pequenos, enquanto estava sentado entre eles na primeira fila para assistir à apresentação.



2. Israel autoriza a ONU a construir 1.200 casas e 18 escolas em Gaza

DA FRANCE PRESSE, EM JERUSALÉM

O governo israelense autorizou a ONU (Organização das Nações Unidas) a importar materiais de construção na faixa de Gaza para a construção de projetos imobiliários com um total de 1.200 residências e 18 escolas, anunciaram esta terça-feira Israel e as Nações Unidas.

Este anúncio ocorre pouco antes da chegada prevista de uma frota internacional com ajuda humanitária que tentará romper o bloqueio israelense na faixa de Gaza, território controlado pelo movimento islamita Hamas.

"Aprovamos grandes projetos adicionais da agência da ONU para os refugiados palestinos: a construção de 18 escolas, por um lado, e de cerca de 1.200 unidades de moradia em Rafah e em Tall al Sultan (sul de Gaza)", declarou à France Presse o porta-voz do coordenador das atividades governamentais israelenses nos territórios palestinos, Guy Inbar.

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, "saudou este passo importante", destacando que o montante de todos estes projetos chega a cerca de US$ 100 milhões.

3. Após 6 anos de protestos, Israel desmonta barreira em aldeia palestina

Após quase seis anos de protestos semanais na aldeia palestina de Bilín e quatro de uma resolução do Supremo Tribunal israelense, o Exército israelense começou nesta semana a desmantelar uma parte do muro de separação na Cisjordânia.

Escavadeiras militares e guindastes israelenses iniciaram nos últimos dias os trabalhos para desmontar várias estruturas que formam a cerca de separação nessa aldeia, quatro anos depois que a Suprema Corte de Israel decidiu que seu traçado deveria ser mudado, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

Os moradores de Bilín, transformada em símbolo da luta não violenta contra o muro de separação israelense e que há seis anos se manifesta todos as sextas-feiras contra a medida, tinham ficado separados de suas plantações.

Participavam dos protestos semanais ativistas de esquerda israelenses e de todo o mundo, em uma ação que em algumas ocasiões tornava-se violenta, com o lançamento de pedras e disparos de gás lacrimogêneo e fogo real por parte das tropas israelenses.

Nos anos de protestos, dois palestinos morreram e várias pessoas ficaram feridas, entre elas jornalistas.

O Ministério da Defesa israelense começou a retirar aproximadamente três quilômetros da barreira que discorre ao oeste de Bilín e espera-se que os trabalhos durem até o fim da próxima semana.

Ainda assim, ativistas contra o muro de separação israelense convocaram para a próxima sexta-feira uma grande manifestação em Bilín para continuar protestando contra o novo traçado da cerca, que segundo eles segue bloqueando o acesso dos agricultores a vários hectares de terra pertencentes à aldeia.

Israel começou em 2002 a levantar a barreira de cerca de 700 quilômetros, que tem uma grande parte no território ocupado da Cisjordânia - e que em alguns lances consiste em um muro de concreto de até oito metros de altura -, com o objetivo de impedir os atentados suicidas contra sua população.

Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Há instantes alegres em Israel. Taí Shakira embalando músicas contagiantes, xodó da criançada, promovendo alegria e esperança, para um mundo sem divisões. Israel autoriza construções em Gaza e isso muito importante como gesto de bondade, diante do ódio que permeia aquela região. A política de derrubadas de muros por Israel, parece que está começando, e tudo isso é válido, como cuidados pela segurança dos seus cidadãos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

É BOM O ENTENDIMENTO POLITICO COM A TURQUIA

 AGÊNCIA TERRA

1. Israel e Turquia mantêm conversas secretas, diz diário israelense


Israel e Turquia mantêm conversas secretas para pôr fim à crise diplomática entre os dois Estados surgida há mais de um ano, segundo fontes oficiais em Jerusalém citadas nesta terça-feira pelo diário Ha'aretz. As negociações, que contam com o sinal verde dos Estados Unidos, foram confirmadas por uma fonte do Ministério das Relações Exteriores turco, assim como por uma autoridade americana, enquanto assessores do primeiro-ministro e do chefe da diplomacia israelense não quiseram dar declarações a respeito, acrescenta o jornal.

As relações diplomáticas entre Israel e Turquia chegaram ao fundo do poço no fim de maio de 2010, quando comandos especiais israelenses assaltaram em alto-mar a flotilha Liberdade, que seguia rumo à Faixa de Gaza, abordagem na qual morreram nove ativistas turcos. Desde então, Ancara, velha aliada estratégica do Estado judeu e que serviu de mediadora em conversas de paz entre israelenses e sírios, mantém as relações bilaterais no mais baixo nível.

Segundo o diário israelense, as conversas secretas entre os dois países se desenvolveram em nome do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do vice-secretário do Ministério das Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu, que defende a restauração dos laços com Israel. Também tomaram parte no diálogo o representante israelense perante a comissão de investigação da ONU sobre o assalto à fotilha, Yosef Ciechanover, e seu colega turco nessa comissão, Ozdem Sanberk.

As duas autoridades trabalharam juntas durante vários meses na comissão da ONU e trocaram mensagens entre Israel e Turquia com o objetivo de formular uma minuta de entendimento para pôr fim à crise.

Na última quinta-feira, Netanyahu se reuniu com vários ministros para analisar as repercussões que terá a próxima pequena frota que zarpará com destino à Gaza nos próximos dias e as relações com Ancara. A principal questão abordada foi se Israel se desculpará com a Turquia ou se só lamentará o sucedido em 2010, e se as famílias turcas que serão compensadas por terem perdido seus familiares no ano passado poderão apresentar futuros processos.

Desde o incidente, houve várias tentativas de aproximação entre as partes e nas últimas semanas os analistas percebem gestos diplomáticos dos dois lados.

O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, convocou a direção da ONG islâmica turca IHH para pedir que reconsidere tomar parte na próxima pequena frota e, na sexta-feira, a organização anunciou que não participará da missão. No sábado, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, falou com Davutoglu e expressou sua satisfação pelo anúncio da IHH de que a embarcação Mavi Marmara - assaltada no ano passado pelos comandos israelenses - não integraria a pequena frota desta vez, disseram fontes oficiais.

2. Israel chama de assassinato incidente da guerra de 1948


O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, ordenou uma investigação depois que os serviços do ministério qualificaram de "assassinato" o ataque, por parte do exército israelense, ao "Altalena", um navio com armas do Irgun, grupo paramilitar judeu, afundado em junho de 1948 perto de Tel Aviv. Este episódio é um dos mais controversos da criação do Estado de Israel. Opõe os dois blocos que têm dominado a vida política israelense: o Partido Trabalhista, hegemônico até 1977, e a direita nacionalista, herdeira do Irgun.


O ministério de Defesa disse na sexta-feira que os membros do Irgun mortos durante o bombardeio a "Altalena" foram "assassinados", num comunicado publicado para marcar o aniversário do drama. O naufrágio de "Altalena" foi ordenado pelo trabalhista David Ben Gurion, na época primeiro ministro e ministro da Defesa, e comandado por Yitzhak Rabin, um ex-general da Palmah, a unidade de elite da Haganah, o exército judeu clandestino e ligado à esquerda e ao Mandato Britânico da Palestina.

O Irgun, um grupo armado judeu clandestino, era liderado na época por Menahem Begin, fundador histórico da direita israelense e, depois, primeiro ministro, em 1977. O "Altalena" foi afundado em frente a Tel Aviv em junho de 1948, um mês depois da criação do Estado de Israel, num momento em que Ben Gurion buscava impor sua autoridade e tentava evitar que o novo Estado tivesse uma força paralela ao exército.

O incidente ocorreu durante a guerra entre Israel e os países árabes vizinhos, e poderia ter provocado uma guerra civil. O ataque custou a vida de 16 membros do Irgun e de três soldados israelenses, além de provocar um racha na classe política do país.

Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Israel e Turquia voltam a conversar após incidente da flotilha. Tudo indica que as coisas voltarão a sua normalidade. É importante que que as conversações surtam efeito, haja vista a situação ainda não definida do Egito. A estratégia é contar com pais Àrabes aliados o máximo possível.

Volta novamente a baila, o incidente do Irgun. Certamente o acontecido será agora melhor investigado e que a justiça possa ser executada, isso é muito importante para um país democrático como Israel. Tomara que dê tudo certo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

AS ESTRATÉGIAS DE ISRAEL

 GLOBO ON LINE

1. Documentos vazados revelam estratégia de Israel contra Estado palestino


RIO. A iminência de um revés diplomático na Assembleia Geral da ONU em setembro - quando os palestinos ameaçam levar à votação o reconhecimento de seu Estado unilateralmente - levou Israel a preparar um contra-ataque contra a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Segundo documentos do Ministério das Relações Exteriores vazados ao site de notícias "Walla", o governo do premier Benjamin Netanyahu considera cassar os passaportes especiais que permitem aos mais altos escalões da ANP cruzar livremente postos de controle na Cisjordânia e ter, ainda, acesso irrestrito ao território israelense.

Os chamados "passaportes VIPs" são distribuídos pelo governo israelense somente às autoridades do primeiro escalão, como integrantes do Gabinete e velhos negociadores do partido Fatah. Com o documento, os funcionários palestinos podem passar por qualquer posto de controle sem serem submetidos às inspeções do Exército de Israel.

Outra retaliação possível, afirma o documento, é a suspensão definitiva do "Acordo de Paris", assinado em 1994, segundo o qual Israel repassa à ANP mensalmente um montante relativo a cobrança de impostos e que a administração de Ramallah usa para pagar parte de seu funcionalismo público. Essa transferência de recursos já foi temporariamente suspensa há um mês em protesto ao acordo de reconciliação entre os partidos Hamas e Fatah.

2. Adiado o acordo entre Fatah e Hamas

RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - Um anúncio planejado para terça-feira de um novo governo de união palestino foi adiado após os movimentos Fatah e Hamas não conseguirem chegar a um acordo sobre um primeiro-ministro, disseram autoridades do Fatah no domingo.

O Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem apoio do Ocidente, nomeou para o cargo Salam Fayyad, ex-economista do Banco Mundial respeitado internacionalmente e que atualmente dirige o governo palestino na Cisjordânia.

O Hamas, movimento islâmico que tomou a Faixa de Gaza das forças do Fatah em 2007, rejeitou Fayyad, um independente, acusando-o de colaborar com Israel em um bloqueio ao território.

"Pedimos a nossos irmãos e à liderança egípcia para adiar a reunião por vários dias," disse Azzam al-Ahmed, chefe da delegação do Fatah para as negociações no Cairo, citando a movimentada agenda de Abbas.

"Vamos chamá-los dentro de alguns dias para definir uma data para uma nova reunião, e esperamos que a próxima sessão seja bem sucedida," disse ele à Reuters.

Outros funcionários do Fatah, que pediram para não ser identificados devido à sensibilidade da questão, atribuíram o atraso à discussão sobre a nomeação de Fayyad.

Questionado sobre se a reunião tinha sido adiada, um porta-voz do Hamas em Gaza disse que o grupo estava aguardando uma notificação formal de um atraso dos egípcios.

Na semana passada, autoridades palestinas disseram que Abbas e o líder do Hamas, Khaled Meshaal, se reuniriam no Cairo na terça-feira para revelar o novo governo.

Sob um acordo de reconciliação alcançado em abril, as facções rivais concordaram em formar um governo de tecnocratas, composto por ministros sem filiações partidárias.

(Reportagem adicional de Saleh Salem em Gaza)


Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Israel estabelece estratégias diante da possibilidade dos Palestinos irem a ONU, para o reconhecimento do estado Palestino. São situações que hoje beneficia a autoridade Palestina, e também compromissos de repasses financeiros por Israel. Na realidade essa situação de nova estratégia, já produz efeitos no cenário político do Oriente Médio.

O acordo selado entre Fatah e Hamas, foi adiado, certamente diante do novo desenho político imposto por Israel. Claro, torcemos por um entendimento que possa permitir uma paz duradoura, para que haja desenvolvimento principalmente dos Palestinos. Em contrapartida, espera-se que os Palestinos civilizadamente reconheçam o estado de Israel, do contrário, fiquem certo, tudo voltará à estaca zero.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

EXPLOSÃO EM ISRAEL


FOLHA DE SÃO PAULO

1. Sobe para 4 o número de mortos em explosão em cidade costeira de Israel

Ao menos quatro pessoas morreram e cerca de 90 ficaram feridas em uma forte explosão ocorrida na madrugada desta sexta-feira, aparentemente devido a um vazamento de gás, em um edifício residencial da cidade de Netânia, no litoral mediterrâneo de Israel, segundo fontes de hospitais locais.

As vítimas, cujas nacionalidades ainda não foram reveladas, são três mulheres, duas de aproximadamente 40 anos e uma de 20, e um homem de cerca de 50 anos.

Os feridos se encontram, na maioria, não se encontram em estado grave, mas três precisam de maiores cuidados. A polícia local descartou quase por completo a hipótese de que a explosão tenha sido um atentado terrorista e deteve uma pessoa por possível homicídio involuntário e a técnicos da companhia de gás pelas suspeitas de que tenham sido negligentes"Nossa hipótese de trabalho é que foi causada por um botijão de gás, mas nada é garantido. Há um forte cheiro de gás", declarou o ministro de Segurança Interior, Isaac Aharonovitch, diretamente do lugar do incidente, à rádio pública.

"Achamos que o gás vazou do andar de baixo e foi subindo até que houve a explosão no terceiro andar", detalhou o responsável pela Polícia da região, Shimon Shomrani. O edifício é sede de vários estabelecimentos comerciais e abriga ainda 150 famílias nos andares superiores.

A polícia prendeu um morador de Netânia por suspeitas de que ele originou o vazamento ao cortar a tubulação de gás, possivelmente para vender o metal do encanamento no mercado negro, segundo a rádio pública.

Também estão sendo interrogados, por suposta negligência, técnicos da companhia de gás que foram deslocadas ao edifício horas antes da explosão, após os moradores terem se queixado do cheiro de gás, e não terem encontrado nada anormal.

2. Palestinos mantêm exigência de congelar assentamentos israelenses


JERUSALÉM - Os palestinos mantêm sua exigência de congelar a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia, informou nesta quinta-feira o negociador palestino Saeb Erekat, o que complica o recente esforço de paz do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Obama expôs recentemente sua visão de um intercâmbio de terras de comum acordo baseado nas fronteiras anteriores à guerra de 1967. O chamado do presidente para a retomada das negociações não mencionou o fim das conostruções, e as autoridades americanas indicaram que não é essencial para as conversas.

- Tudo o que queremos é uma solução dos Estados Unidos baseada nas fronteiras de 1967 e deter as atividades de assentamento - disse Erekat na Jordânia, após a reunião do presidente palestino, Mahmud Abbas, com os enviados americanos Dennis Ross e David Hale.

A última rodada de negociações de paz terminou em setembro, três semanas após seu lançamento, com o vencimento de uma moratória da construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia.

Os palestinos têm se negado a negociar sem uma nova moratória que também inclua o leste de Jerusalém. Israel exige que as negociações sejam realizadas sem condições prévias, e disse que os assentamentos devem ser um dos temas a discutir.



Comentários do Prof. Altamiro de Paiva

Gás, seria a causa de uma explosão em Natanya, onde mortos e alguns ferido fazem parte do acidente. Nada foi informado com referencia a terrorismo, mas a polícia Israelense procede nas investigações. A questão do congelamento dos assentamentos em território palestino, continua, sendo condição principal para reiniciar-se o processo de paz no Oriente Médio.